Carolina Pinotti pariu Luiza no dia 25/08/2012 apenas 15 meses depois da cesárea que trouxe seu filho Vitor ao mundo.
Carolina está disponível para conversar mais sobre parto natural após cesárea com menos de dois anos de diferença entre um nascimento e outro, pelo email carolina_pinotti @hotmail.com.
Carolina está disponível para conversar mais sobre parto natural após cesárea com menos de dois anos de diferença entre um nascimento e outro, pelo email carolina_pinotti
Meu relato
de parto
Nosso
trabalho de parto começou no dia 17/08, quando tivemos sinal do tampão. Ficamos
na expectativa por alguns dias, até que finalmente a bolsa rompeu no dia 23/08.
Passamos o
dia 24 aguardando em casa, mas o tp não evoluiu durante o dia e foi começar
somente às 18 horas.
Passei um
tempo com meu marido fazendo coisas despreocupadas, esperando contrações
ritmadas, que não demoraram a começar. Logo recebemos em nossa casa a doula e o
ginecologista que nos acompanharam durante algumas contrações. No inicio da
madrugada fizemos um toque, que mostrou que ainda demoraria mais um tempo pra
nossa pequena Luiza chegar.
GO e doula
foram para casa e nós fomos tentar descansar. Não demorou e as contrações
ficaram mais fortes. Deixei meu marido dormindo e comecei a caminhar pela casa,
tomar alguns banhos, tentar relaxar... deixar meu corpo trabalhar sossegado...
Pela manhã
já estava cansada e não queria fazer outro toque com receio que o trabalho não
tivesse evoluído, e permanecemos assim...
As
contrações começaram a ficar fortíssimas, sinal de que estávamos dilatando os
finais. Nesta hora pensei em desistir, em abrir mão do tão sonhado parto, 40
semanas depois da concepção da nossa princesa. Graças a Deus tínhamos ao nosso
lado uma doula muito especial que me encorajou, que me lembrou dos motivos que
me levaram a escolher o parto natural, os benefícios que eu estava
proporcionando pro meu corpo e pra minha filha. Ela me ajudou a “voltar” pro
parto e decidir o que eu de fato queria.
Neste
momento meu marido se encorajou e se emponderou junto comigo. Jamais vou
esquecer este momento: ele me olhou nos olhos, segurou minha mão e se colocou à
minha disposição! Me deixou segura dizendo que estaria comigo na decisão que eu
tomasse, mas que sabia o quanto o parto era importante e sonhado por mim e
sugeriu novo toque. Resultado: estamos com 7! Hora de ir pra maternidade!
O caminho
até lá foi “longo” (kkkk)... segurei por várias vezes na perna dele: “vai mais
rápido! Não, não não! Vai mais devagar! Nãoooo! Aceleraa!!”
Infelizmente
a maternidade demorou em fazer a internação, mas eu, doula e GO fomos para o
quarto para esperar o momento da nossa pequena.
Logo meu
marido apareceu, e a minha ideia de desistir permanecia na contração,
desmorinava quando ela passava... rsrsrs... enfim fui convencida a ir para o
chuveiro tentar amenizar as dores das contrações finais. Não me recordo 100%
deste momento... só me lembro que estávamos no escuro, eu meu marido, ele me
segurando por trás e me dando todo apoio. Não demorou a começar o expulsivo. As
benditas contrações que não doem mais, que obrigam você a fazer força mesmo sem
querer e que te deixam com a certeza de que falta muito, muito pouco pra ter
seu bebê nos braços!
Voltamos
para o quarto, sentamos no banco de cócoras e esperamos. Pouco menos de 40
minutos, a Luiza coroou! Não podia acreditar que estava de fato acontecendo
isto em minha vida! As 15:45, do dia 25/08 ela estava em meus braços, com seus
dedinhos compridos, seus cabelos pretos, seu rostinho lindo e redondo, seus
olhos abertos me procurando!!!
Ela foi pro
banho e tomar um pouco de oxigênio (infelizmente não se pode prever que o bebê
vai nascer com uma circular de cordão muito apertado), enquanto isso minha
querida doula ficou comigo no quarto, a placenta saiu, o GO me examinou e nada
de fissura ou pontos! Vitoria tripla! Nascemos com dignidade, sem traumas e sem
riscos.
Tomei um
banho e aguardei a vinda da minha joia pra definitivamente não sair mais dos
meus braços!
Lembro-me
muito bem deste parto, da experiência nobre que é dar a luz, da paciência,
competência e tranquilidade da doula e do médico e principalmente da
cumplicidade do meu marido comigo.
Sou muito
feliz pela rápida recuperação. Por não precisar de soro, por estar livre de
anestesia e pontos, por estar tranquila em me levantar, sentar e deitar
sozinha... coisas que não se podem ser feitas quando passamos por uma cesárea.
Falando
nisso, acho extremamente válido lembrar que havia tido uma cesárea somente 15
meses antes do parto da Luiza. Em momento algum senti que corria algum risco.
Estava em boas mãos!
Hoje nossa
princesa alegra nossa vida e a vida de seu maninho e eu agradeço a Deus por ter
passado por este momento, por não ter desistido...
Se posso
resumir meu parto em uma palavra, digo que é permissão.
Permissão
para meu bebê decidir quando ele estará pronto para nascer, permissão para o
meu corpo trabalhar e mostrar que é capaz de parir, permissão para permitir!
Sou mãe,
sou mulher, sou capaz! E serei eternamente grata por este dia!
Oi, Carolina
ResponderExcluirEu estou tentando um VBAC, e a diferença também será menos de 2 anos.
Em algum momento você pensou em continuar em casa? Ter domiciliar?